quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os Vinhos do Algarve

Muitas vezes, as notas introdutórias remetem-nos para o resumo da obra. Frequentemente servem também para relatar uma história que enquadra essa obra ou para contar uma história que naquela encaixa.
Embora a vinha e o vinho do Algarve tenham a sua história, dela se falará, ainda que sucintamente, noutras páginas do guia que agora o leitor tem em mãos.

O que nos propomos nesta nota é tecer algumas considerações sobre os vinhos que hoje se produzem no Algarve. Mas antes, uma saudação muito especial e sentida à Confraria dos Enófilos e Gastronómica do Algarve, pela forma como tem divulgado os vinhos do Algarve. E um devido agradecimento à Direcção do Turismo do Algarve, bem como a algumas das suas colaboradoras, que dentro das suas competências deram o seu contributo para que esta edição viesse a público. Uma palavra de apreço, também, aos  responsáveis da Adega Cooperativa do Algarve e aos produtores de vinhos de Quinta, sem os quais através do seu labor, dedicação e competência – não teríamos a qualidade dos vinhos que, nos nossos dias, se produzem no Algarve.

É certo que as condições do plantio das vinhas obedecem já às mais modernas culturas aplicadas no resto do “mundo vinhateiro”. Como certo é também que a quase totalidade das adegas existentes na região algarvia estão equipadas com as soluções tecnológicas mais avançadas na produção do vinho.
Vai já para oito anos que as novas castas certificadas trouxeram mais-valias para os vinhos algarvios e não duvidamos, ao contrário de alguns, que o Algarve vinhateiro tem bons solos, bom clima e bom meio ambiente.

Sustentadamente, tanto o número de produtores como a qualidade do vinho que produzem têm vindo a crescer. Esta realidade traduziu-se no aumento da oferta de cerca de vinte marcas comerciais, ainda há poucos anos, para setenta e cinco à disposição dos apreciadores actualmente.

E a tendência é ascendente!

Dos vinhos do Algarve, um número muito significativo apresenta uma qualidade acima da média. Outros há que são tão bons como os melhores oriundos de outras regiões vitivinícolas. Não duvidamos que o futuro dos vinhos algarvios é promissor, no que respeita à qualidade e à quantidade. Assim continuem a querê-lo os actuais agentes e as gerações vindouras ligadas a este néctar maravilhoso.

Com esta edição, os enófilos, hoteleiros, empresários, apreciadores e o público em geral passam a ter ao seu dispor um meio para (re)descobrir e analisar a qualidade dos vinhos algarvios.
Como disse António Augusto Aguiar: “Amo a videira como a planta mais bela que a Mãe Natureza deu ao mundo”.

Por: Herminio Rebelo

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